Mulheres e seus joelhos

Segundo estudos as mulheres chegam a ter cinco vezes mais rupturas de LCA (ligamento cruzado anterior), as dores de artrite sao o dobro dos homens, e 75% das artroplastias são nas mulheres ( Earl & Vetter, 2007; Backer & Juhn, 2000; Walker, 2012; Boles & Fauston, 2010; Ivkovic, et ak 2007; Bruckner et al 2006; Lichota, 2003).

Algumas das causas:

→ Anatomia feminina cujo o quadril é mais largo, leva a um aumento do ângulo, tornando mais evidente um geno valgo. Fazendo com que a patela lateralize e promovendo um desgaste na patela e cartilagem, causando dores e possível evolução a condromalácia.
→ Hormônios femininos podem trazer seus pontos negativos aos tendões, conforme estudo (Harsen et al, 2008; 2009) pois aumenta a concentração estrogeno e inibem a síntese de colageno no tendão patelar.
→Mulheres que treinam devem ficar atentas em seus exercícios MMII, pois elas ativam menos a musculatura posterior de coxa. A ativação da musculatura posterior diminui a tensão na patela. Então quanto menos ativação da musculatura posterior, maior a movimentação da tibia em relação ao fêmur, o que pode dobrar a tensão na LCA (Lee et al, 1999, Markoff et al, 2004). Vale a pena não separar o treino de perna em anterior e posterior.
Desequilíbrio entre a musculatura anterior e posterior da coxa, podem também contribuir com o fator de sobrecarga patelofemural ( Devan et al, 2004), por isso tenha um planejamento adequado de seu treino, e entenda que homens e mulheres são diferentes.
→ Evitem fazer de sua rotina o uso de saltos altos, pois promove o encurtamento na panturrilha, aumento de força nos músculos anteriores e diminuição dos posteriores nos joelhos ( Cromin et al, 2012), fatores que aumentam a sobrecarga patelofemural.

Bons treinos!